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12/09/2012

Percepção.



É estranho não é? Quando aquele sentimento ruim te invade e te domina. A forma horrível como isso faz seu humor mudar, como cria um buraco que traz desespero na busca por algo que possa fecha-lo. Aquela agonia que toma para si cada célula do seu corpo e te faz querer gritar. 
É estranho não é? Quando você percebe que nunca significou o que pensou que significasse na vida daquelas pessoas que você considera parte de si. É doloroso, machuca. Mas claro que você nunca vai demonstrar, até porque, você percebe que eles não merecem isso. Eles não merecem ver o quanto a estupidez deles te fere. O quão fraca você se torna quando percebe que na verdade, a única que vai estar ali para você é a sua própria solidão.
As risadas que compartilharam, os anos que se passaram, os momentos que antes foram jurados por uma eternidade, os planos para um futuro qual agora se tornou tão incerto. A instabilidade que a verdade causa nem sempre é melhor que o conforto da ilusão. A agonia de ver que tudo não passou de uma fantasia, vai passar. Porque com cada queda, é um novo recomeço. Cada crítica destrutiva, é uma pedra.
Elas valem a pena? Vai preferir deixar sua bagagem mais pesada ou apenas deixar isso ir?
Talvez amanhã, as coisas não sejam mais da forma que você sonhou há uns dias atrás. Aquelas pessoas que juravam que estariam ao seu lado em cada momento da sua vida, talvez estejam jogando mais promessas como essa ao vento. Os arrependimentos virão, porém uma longa jornada estará a sua frente. Depende de você mesmo decidir se as pedras no caminho te tornará algo temporário, quebradiço, ou um aranha-céu
Afinal, as pessoas sempre jogarão pedras em coisas que brilham. 

7/30/2012

Confissão


Novamente está aqui. Sem noção quando ir e para onde ir. Sem saber o que está ou não por vir. É difícil, não é? Perceber que tudo se torna confuso e complicado demais quando o que resta é ser fraco. Cair na rede da realidade em que a sua autossuficiência só era mais uma das máscaras que usava parar disfarçar a grande e imensa ferida que permanecia ali, aberta, pulsando, sangrando, te fazendo humana. Te lembrando que tudo não passava de uma doce ilusão que você mesma havia projetado para se sentir melhor. Para fugir. Pulsa, pulsa, pulsa. Dor, dor, dor. Desespero, frustração. Querer escapar mas não saber onde, em meio aquele mar de incertezas e medos, estaria a porta da saída. A resposta. Sempre a resposta.É absurdo. Sobrenatural. Fora de todo o comum. O que aquilo poderia se tornar? O que poderia acontecer caso viesse à piorar? Aquele sorriso ainda lhe assombraria por mais quantos anos? Aqueles olhos ainda lhe observariam em meio ao deboche? Cansada de se perguntar quando eles expressariam um sentimento diferente, cansada de insistir em uma luta que sempre esteve perdida, vulnerável à tudo aquilo que um dia jurara odiar. No final das contas, aquilo ainda sobreviveria. Batendo fraco, omitindo sua existência em alguma parte do seu subconsciente que o abominava, se escondendo, fortalecendo. Quando começou? Quando terminaria? Não havia resposta. Nunca haveria. Ele ainda lhe assombraria sete anos, sete vidas. Apenas uma conclusão, um remédio, um mantra a confortava...


Do primeiro amor, tudo se perdoa...

6/27/2012



Você percebe que as coisas mudam, quando com o passar do tempo, a certeza de que aquilo não irá passar tão cedo se torna mais certa, mais presente. Sentimentalismo nunca foi a minha praia, não. Eu sempre achei pessoas sentimentalistas bobas e desnecessárias demais. Quem precisa saber do seu sofrimento? Por que elas gostam de mostrar suas fraquezas, quando ninguém nunca vai se importar? E de certa forma, para ser sincera, eu ainda penso assim. Não gosto de fraqueza. Não admiro gente fraca. Tenho pavor de coisas óbvias, que devem ser ocultadas, não exibidas. Porém, há tantos e tantos momentos na vida que você se pega se perguntando se tudo realmente não poderia ficar pior. Aquela força que sempre esteve ali, que sempre te fez autossuficiente e cheia de si mesma vai se esvaindo, e então, de uma forma ou de outra você se torna uma pessoa fraca. Decepções te deixa vulnerável, e mesmo não querendo, você se torna tudo aquilo o que você não queria se tornar. Dói, mas omitir não é mais uma opção. As lágrimas que transbordavam e que você sempre escondia nas fronhas do seu travesseiro, já não se contentam mais com o silêncio do seu quarto. Tudo conspira contra você, inclusive você mesma. Inconsequentemente. Você era acostumado com a solidão, não era? Sabia lidar com aquilo tão bem. O que houve? O que aconteceu? Onde estão os seus sorrisos agora? Aonde está a sua autossuficiência que você tanto gostava de demonstrar para os outros? Aonde estão os seus amigos? Por que eles não estão aqui? E o mar de questionamentos que me afoga agora, me faz ver que nem mesmo a solidão com qual eu me habituava, já não está mais ao meu lado. Você caiu. Os machucados são recentes e se perguntar quando vão sarar ou se vão sarar é inevitável. Sentir medo disso tudo nunca passar se tornou algo normal. O sorriso que por tantas vezes pairou nos cantos de seus lábios, não quer mais mentir. E bem… Tudo o que resta agora é levantar. Não é mais a criança que tem medo do escuro quem está chorando agora. E sim a garota grande… 

 …E garotas grandes não choram!

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