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7/30/2012

Confissão


Novamente está aqui. Sem noção quando ir e para onde ir. Sem saber o que está ou não por vir. É difícil, não é? Perceber que tudo se torna confuso e complicado demais quando o que resta é ser fraco. Cair na rede da realidade em que a sua autossuficiência só era mais uma das máscaras que usava parar disfarçar a grande e imensa ferida que permanecia ali, aberta, pulsando, sangrando, te fazendo humana. Te lembrando que tudo não passava de uma doce ilusão que você mesma havia projetado para se sentir melhor. Para fugir. Pulsa, pulsa, pulsa. Dor, dor, dor. Desespero, frustração. Querer escapar mas não saber onde, em meio aquele mar de incertezas e medos, estaria a porta da saída. A resposta. Sempre a resposta.É absurdo. Sobrenatural. Fora de todo o comum. O que aquilo poderia se tornar? O que poderia acontecer caso viesse à piorar? Aquele sorriso ainda lhe assombraria por mais quantos anos? Aqueles olhos ainda lhe observariam em meio ao deboche? Cansada de se perguntar quando eles expressariam um sentimento diferente, cansada de insistir em uma luta que sempre esteve perdida, vulnerável à tudo aquilo que um dia jurara odiar. No final das contas, aquilo ainda sobreviveria. Batendo fraco, omitindo sua existência em alguma parte do seu subconsciente que o abominava, se escondendo, fortalecendo. Quando começou? Quando terminaria? Não havia resposta. Nunca haveria. Ele ainda lhe assombraria sete anos, sete vidas. Apenas uma conclusão, um remédio, um mantra a confortava...


Do primeiro amor, tudo se perdoa...

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